Falei com ela mais algumas vez por telefone, para saber como estavam as coisas e as 8 da noite ela me disse que a tal cólica estava bem forte. Eu tava cheio de trabalho na agência, todos os meus lay outs dos anúncios que eu estava fazendo da Fischer foram reprovados, mas não dava mais para ficar trabalhando. Conversei com meu chefe e fui para casa. Antes ainda passei na farmácia e comprei umas bolsas de agua quente para ajudar a aliviar as dores que a Dri estava sentindo.
No caminho para casa minha cabeça não parava. Era uma sensação estranha, nervoso, medo, ansiedade, alegria, enfim eu queria chegar logo em casa para ver como estava a situação.
Chegando em casa a Dri estava bem apesar das cólicas que logo percebemos serem as contrações. Ela já tinha falado com a esposa do Dr Jorge que tmabém é médica, chamada Dra Esmerinda, mas todo mundo a chama de Dra Mema e também com a Nathalia, nossa doula. Ainda deu tempo de jantarmos e depois fomos tentar dar uma dormida. Doce ilusão...
As contrações aumentaram muito, impressionante, eu comecei a ficar bem tenso porque de alguma forma eu queria ajudar mas não sabia como. Passamos literalmente toda a madrugada sem dormir, eu esquentando as bolsas de agua quente e a Dri se retorcendo a cada contração.
Lá pelas 4 da manhã, com as contrações bem intensas eu liguei e pedi para a Nathalia vir para nossa casa. Ela chegou, passou uns óleos de massagem na Dri para ver se ela relaxava um pouco mais mas nada adiantava muito.
As 7 da manhã, depois de um exame de toque da Nathalia decidimos partir para o São Luiz. A Nathalia foi no carro dela e eu fui dirigindo com a Dri no banco de trás. O trânsito era bem tranquilo, ainda bem. Ao chegar no São Luiz a plantonista que recebeu a Dri fez o exame de toque e chamou uma colega para uma segunda opinião, e ambas acharam que o trabalho de parto já estava bem adiantado.
Fomos dali direto para o Delivery, uma sala bem legal, bem parecida com um quarto de hotel dedicada aos partos naturais. O céu é todo estrelado, tem uma banheira de hidro, música ambiente, tudo para deixar a mãe bem relaxada e a vontade.
Na sequência chegaram o Dr Jorge, a esposa dele, Dra Mema e a pediatra, Dra Sandra. Todos começaram a auxiliar a expulsção do bebe, mas o bebe parecia não querer sair.
Dr Jorge sugeriu que a Dri fosse para a banheira, e para lá nós fomos e ficamos mais um tempo... para um parto que seria rápido, isso já era quase meio dia, isso porque chegamos no hospital as 7 da manhã...
Saímos da banheira, voltamos para a cama, a Dri fez alguns exercícios na bola e nada do bebe. A Dra Mema estourou a bolsa para tentar induzir o parto.... nada...Não teve jeito. O Dr Jorge sugeriu chamar um anestesista já que a Dri estava muito cansada e tava com dificuldade ja de fazer força. Logo na sequência chegou o Dr Ricardo anestesista e a Dra Andréa, uma "discípula" do Dr Jorge que veio para ajudar no parto.
Depois da anestesia a Dri acabou dormindo, eu aproveitei para descansar também. Por volta das 3 da tarde acordamos e eu fui até a sala de espera conversar com os familiares da Dri que estavam la esperando. Falei com meus sogros e com a irmã da Dri. Não tinhamos muitas novidades nem previsões, o que era para ter sido bem rápido já não tinha mais a menor previsão.
Voltando para o delivery o Dr Jorge sugeriu que tentassemos mais um pouco e caso o bebe insistisse em não sair fossemos para o centro cirurgico. Dito e feito, o bebe não saiu e nós fomos para o centro cirurgico. La ainda tentamos forceps, vacum extração mas realmente o bebe insistia em não sair. Depois o Dr Jorge nos explicou que a bacia da Dri era muito estreita para a passagem do bebe que tinha a cabeça muito grande e não estava numa posição favorável.
Infelizmente não teve jeito, depois de todas as tentativas tivemos que partir para a cesarea. E assim foi, e as 18 hrs e 24 min de sabado, dia 22 de maio de 2010 eu que estava do lado da Dri ouvi um chorinho de bebe. Esse chorinho se confundiu com o meu choro de emoção e o Dr Jorge falou que era uma menina. A minha vontade era de sentar ali e ficar chorando o resto do dia. A emoção é indescritível. Quando vi nossa filha então a sensação foi única.
A pediatra colocou ela ali, no colo da Dri e ali decidimos que o nome dela seria Nina. Mandei milhares de msgs, nem lembro direito para quem. Falei com o Troiani, depois saí do centro cirurgico para falar com meu sogro e com minha cunhada para dizer que estava tudo bem. Liguei para minha mãe também. Mas choramos que falamos, mas foi muito legal. A Dri foi para a sala de repouso e eu fui para nosso quarto, por coinscidência liguei a Tv e o Santos fez o primeiro gol contra o Atlético de Goias. Wesley. Acabamos vencendo o jogo por 2x1. A Nina nasceu trazendo sorte.
A Dri voltou para o quarto, a Nina também veio e toda a família da Dri chegou para visitar. Ali, depois de passada a emoção eu percebi o quanto a Nina é linda. Como eu sempre disse os bebes parecem um joelho, a Nina não poderia ser diferente, mas sem dúvida ela é o joelho mais lindo que eu vi em toda a minha vida.